Em 2012, o estúdio global Perkins&Will foi convidado a idealizar o escritório BTG Pactual, em São Paulo (SP). Agora, em 2022, concluiu o projeto da primeira sede do BTG Pactual Advisors – um novo segmento do banco de investimentos – em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
Com mais de 4.000 m², o edifício representa um novo ciclo da marca no mercado financeiro. “É uma construção de baixa escala, localizada em uma área bastante acolhedora e agradável, com muita luz natural e uma vista espetacular do verde que contorna todo o terreno. O grande desafio foi modernizar o espaço para atender a demanda do BTG”, explica Fernando Vidal, diretor do escritório Perkins&Will.
Os espaços de trabalho foram organizados por meio da implantação de dois mezaninos. Essa estrutura se configurou entre o térreo e o primeiro pavimento, que são intercalados pelos dois andares intermediários e o rooftop – espaço para eventos, happy hours e reuniões informais, além de ser um espaço contemplativo.
A criação dos mezaninos exigiu dos arquitetos a adição de outros dois elementos: escadas internas e passarelas, que são as responsáveis pelas conexões horizontais. “Por ser um prédio baixo e com várias divisões, mantivemos os corredores que separavam os antigos conjuntos comerciais e, por meio dos mezaninos, criamos as passarelas que fazem a conexão entre eles. Uma solução muito interessante e que foge um pouco do conceito corporativo habitual”, explica Paula Caçador, project manager do estúdio global.
O térreo abriga a recepção e as áreas sociais, com diversas salas de reunião, auditório, café e restaurante para os colaboradores. Já no segundo pavimento, estão as salas de reunião que comportam números maiores de pessoas e os escritórios privativos.
Ademais, o time de arquitetos se preocupou em ocupar os andares intermediários com banheiros e cafés para incentivar a circulação das pessoas.
Além da criação de novos elementos, o jogo de volumes foi uma das diretrizes do projeto. “Ao olhar a circulação entre os ambientes, é possível ter algumas leituras, como o volume de madeira com a composição de esquadrias e o emoldurado metálico com o vidro polarizado que cria esse jogo ora branco, ora madeirado, ora ripado, ora caixa fechada toda em madeira. Tudo isso traz um pouco mais de dinâmica para o espaço e quebra essa ideia muito vertical”, detalha o arquiteto Leandro Gushiken.
Acolhimento, inovação e confiança foram os parâmetros para a criação da nova sede. Bastante atrelada ao momento vivido pelo banco, a concepção trouxe salas de reunião parecidas com ambientes residenciais, com diferentes tipologias que passeiam entre o formal e o informal e criam uma sensação de proximidade e conforto para o cliente.
O auditório, com capacidade para até 100 pessoas, tem mobiliário flexível que garante a configuração necessária. Além disso, apresenta uma composição muito rica de materiais naturais em todos os ambientes.
Para trazer elementos naturais para dentro do escritório, os arquitetos posicionaram floreiras entre as estações de trabalho, ampliando a sensação de bem-estar entre os colaboradores. “No térreo, há uma proximidade maior com as áreas de jardins, mas quando você está no primeiro pavimento, por exemplo, a relação não é tanta. Uma das soluções foi colocar a vegetação e o paisagismo entre as estações, que acaba quebrando um pouco essa ideia do operacional”, destaca Gushiken.
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