Brises dão o tom
Texto: Ana Marquez
Localizada em Porto Feliz (SP), a Casa CGP é um projeto do escritório Bernardes Arquitetura que prima pela riqueza de detalhes. Com uma atmosfera de arte, cores, texturas e objetos, a residência une beleza, conforto, funcionalidade e sofisticação. “Trata-se de uma casa de fim de semana projetada para um casal com dois filhos”, conta o arquiteto Thiago Bernardes.
Terreno define implantação
Na implantação, a casa GCP sofreu influência da geometria do terreno, com rotatória central e afastamentos obrigatórios. A solução encontrada pelos arquitetos foi criar dois volumes que se encaixavam de forma perpendicular.
Com isso, surgiu uma conjugação de duas estruturas: um pavilhão social todo em madeira com os brises soleil; e outro pavilhão íntimo com estrutura em concreto, fachada em madeira e suspenso 40 centímetros do solo, para evitar a umidade e dar maior privacidade aos quartos.
O limite do pavilhão social termina na varanda coberta, com área de estar e área gourmet de frente para a piscina. “Os brises têm a dupla função de proteger a fachada da insolação e de se tornar um elemento marcante na estética da casa”, comenta Bernardes.
Materiais predominantes
“As estratégias adotadas durante o processo de projeto da Casa GCP visavam a atender ao programa proposto e conferir qualidades espaciais relativas ao conforto térmico em paralelo ao desenvolvimento da linguagem arquitetônica”, explica o arquiteto.
A madeira e o cobre azinhavrado são os materiais principais do projeto. A madeira, utilizada como sistema construtivo do pavilhão social, está presente nas portas tipo camarão que, por sua vez, realizam o fechamento do pavilhão íntimo. Já o cobre azinhavrado – camada esverdeada que se forma em alguns objetos devido à umidade –, reveste as fachadas do pavilhão social, além de estar presente nos brises. O piso de granito que atravessa a casa e invade a piscina cria a unidade visual pretendida.