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Core Pinheiros

Core Pinheiros
Em um bairro nobre da cidade de São Paulo, o escritório de arquitetura aflalo/gasperini projetou um complexo de duas torres e três usos: o Core Pinheiros. Imagens: Daniel Ducci
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Usos integrados

Texto: Naíza Ximenes

Localizado em um bairro nobre da cidade de São Paulo, este complexo de uso misto projetado pelo escritório aflalo/gasperini reúne três propostas distintas em um único empreendimento: residências, hotel e serviços de saúde.

Batizado de Core Pinheiros, o projeto é composto por duas torres: uma com 280 unidades residenciais e outra dividida entre centro diagnóstico da rede Albert Einstein, e hotel com a bandeira Radisson. O complexo, marcado pela versatilidade, ocupa um terreno de 4 mil metros quadrados.

Além de fácil acesso ao metrô, o local em que está inserido é conhecido por sua rica diversidade gastronômica, cultural e de serviços. “Ao mesmo tempo que preserva a individualidade, o terreno tem acesso por três ruas. Cada uso entra por uma rua diferente, ou seja, as entradas são exclusivas”, explica Grazzieli Gomes Rocha, sócia do escritório aflalo/gasperini.

Hotel + corporativo

Apesar de o Core ser considerado um único complexo, as torres são diferenciadas tanto por suas volumetrias, quanto por suas arquiteturas. Isso porque, na torre comercial, o foco era um design simples e despretensioso, de forma que o vidro branco pudesse transmitir a dinamicidade e a tranquilidade necessária para os consultórios e hotel.

Embora o material componha todas as fachadas da primeira torre, também há diferenciações entre o exterior do hotel e o exterior do comercial. Para o hotel Radisson — que tem 152 apartamentos, cada um com metragem média de 25 metros quadrados —, os elementos em vidro branco foram dispostos verticalmente, em um conceito mais despretensioso.

Para as lajes comerciais e centro diagnóstico, os mesmos elementos foram dispostos horizontalmente, em uma proposta mais sóbria, séria e reservada. Não à toa, o prédio comercial fica voltado para a rua mais movimentada e tem dimensões menores, com apenas 11 pavimentos.

A disposição de componentes em um formato mais moderno, na fachada, também contribui para um design minimalista e sofisticado, que atende ambas às necessidades.

Vários prédios vistos do alto. Dois deles se destacam: os que compõem o complexo Core Pinheiros. A torre maior é marrom com vidros escuros, onde fica o residencial, e a menor é branca com vidros brancos e estrutura branca, onde ficam hotel e centro diagnóstico

Na foto, a diferença entre as alturas das torres fica evidente. À frente, com um design marcado pelo branco, está a torre comercial. Atrás, em tons terracota, está a torre residencial


Residencial

Na torre residencial, a proposta era criar uma composição mais confortável, aconchegante e com “cara de moradia”. Pensando nisso, os arquitetos apostaram em tons terracota para compor o design do prédio, que foram mesclados com placas de metal perfurado nas varandas, para dar permeabilidade ao conceito.

Cada pavimento também ganhou detalhes horizontais na cor preta que atuam como abas, de forma que o prédio ganhasse maior definição, mas sem tirar a fluidez.

Ao contrário da torre comercial, de apenas 11 pavimentos, a torre comercial ganhou 24 andares — mais que o dobro da primeira. Ao todo, são 280 apartamentos, que podem ter entre 1 e 3 dormitórios.

No terraço do prédio, a área de lazer é composta por uma academia, um terraço descoberto, um solário e uma grande piscina coberta. A estrutura que contorna a piscina é quase inteiramente formada por painéis de madeira ripada no teto (em formato sinuoso) e na parede à direita. À esquerda, panos de vidro do chão ao teto permitem a entrada de bastante luz natural.

Na prática, as duas torres que compõem o Core Pinheiros são entrelaçadas. A estratégia faz parte de uma inclinação crescente, por parte do escritório aflalo/gasperini, pela construção de complexos de uso misto — ou seja, obras de uso residencial e não residencial em um único lote, especialmente a convivência do uso habitacional com outros usos.

A propensão é vista desde a última alteração do Plano Diretor de São Paulo, que fomenta a maximização e racionalidade da utilização dos serviços urbanos, especialmente o transporte público coletivo de passageiros. A proposta ainda amplia outros parâmetros urbanísticos, como a fachada ativa e a fruição pública, que visam, na escala local, potencializar a vida urbana nos espaços e passeios públicos e, na escala urbana, equilibrar a oferta de habitação e emprego.

“O empreendimento ainda conta com áreas comuns e operacionais, lobby de entrada, terraço, jardim, espaço fitness e restaurante e possui paisagismo assinado pelo escritório Cardim Arquitetura Paisagística”, completa o escritório.

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Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2017
  • Conclusão da obra: 2023
  • Área do terreno: 3830 m²
  • Área construída: 37051 m²

Ficha Técnica

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