Complexo cultural
Texto: Vitória Oliveira
Importante para o desenvolvimento pessoal e a formação da identidade da cidade, o complexo nasce para sediar exposições, espetáculos e shows com muito mais estrutura, tecnologia, acessibilidade e conforto. Mas a missão intrínseca do edifício projetado por Ruy Ohtake vai além: é democratizar o acesso da população à Cultura.
Cores vibrantes, desenho orgânico e traços que parecem reproduzir uma vivaz coreografia. Criado com um certo ritmo – o projeto ora parece seguir uma melodia, ora deixa que os usuários se apropriem e protagonizem o espaço.
Concebido pelo arquiteto Ruy Ohtake, o complexo cultural Praça das Artes Barueri Antônio Augusto de Moraes Liberato – que homenageia Gugu Liberato – deve ser uma referência no Estado. Por sua natureza, lhe é inerente o caráter artístico, mas carrega também uma missão social: democratizar o acesso e fomentar o desenvolvimento de atividades culturais na região.
A arquitetura contemporânea e marcante da edificação proporcionará à população espaços agradáveis e de boa convivência. Plural, ela pretende conectar idosos, adultos, jovens e crianças.
O térreo abrigará áreas de workshops, oficinas de arte e de leitura, bar, terraço, biblioteca e restaurante Foto: Divulgação Ruy Ohtake Inserido em um terreno com mais de 12.000 m², às margens da rodovia Presidente Castello Branco, o projeto oferecerá toda a estrutura necessária para receber espetáculos de dança, música e arte e estimular o aprendizado dos usuários, disponibilizando aulas de teatro, dança clássica e contemporânea, oficinas de artes visuais, plásticas, música e artesanato.
O complexo se divide entre a Praça das Artes e o Teatro Municipal, e receberá, ainda, a Secretaria da Cultura.
O programa da Praça das Artes está distribuído em cinco níveis – térreo, dois pisos e dois subsolos – e se organiza em torno de um grande átrio central que ilumina e integra visualmente três pavimentos. O térreo – na cota 0 –, abriga áreas de workshops, oficinas de arte e de leitura, bar, terraço, biblioteca e restaurante. No primeiro nível, abaixo dele, estão salas de aula e auditório para até 100 pessoas com cinema. Já o segundo nível tem oficinas, palco das crianças, e espaços infantis internos e externos. Os dois subsolos são dedicados ao estacionamento (400 vagas para automóveis, 30 para motos e 30 para bicicletas), além de áreas técnicas, circulação vertical de serviços, refeitório e vestiários.
O novo Teatro Municipal terá capacidade aumentada de 620 para, aproximadamente, 1.000 pessoas e contempla palco para ensaios e apresentações, fosso para orquestra com até 50 músicos, cenário, backstage, foyer térreo e superior – além do conservatório municipal e das salas para ensaio. Toda essa estrutura, desenvolvida com iluminação e acústica de última geração, deve receber grandes espetáculos e aumentar a capacidade de atendimento para cerca de 10.000 alunos nas oficinas de dança, música e peças teatrais.
As instalações seguiram conceitos e normas de acessibilidade (com elevadores e rampas) e de sustentabilidade no que tange consumo de água e energia elétrica.
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Torre Oscar Niemeyer, por João Niemeyer
Museu de Fotografia de Fortaleza, por Marcus Novais Arquitetura