Espaços bem aproveitados
Texto: Ana Marquez
Com 42 metros quadrados de área construída, o projeto Corporativo Berrini – como foi batizado pelos arquitetos da Oficina SP – deveria acomodar bem seus funcionários e clientes. Localizado na Avenida Berrini, em São Paulo, o espaço é ocupado por uma empresa de consultoria, cujos funcionários passam a maior parte do tempo fora do escritório, daí não precisarem de local fixo na sede.
“Nosso grande desafio foi projetar um lugar que, quando necessário, abrigasse um número grande de funcionários e que fosse bonito para receber clientes, sem prejudicar as circulações”, conta a arquiteta Simony Gandelman, do Oficina SP.
Outra premissa do escritório, concluído em 2015, era ter ambientes flexíveis para que no futuro possa abrigar também com outros tipos de negócios, uma vez que o proprietário é bastante empreendedor.
Espaços integrados
Com estilo clássico, mas com uma pitada de modernidade, o Corporativo Berrini tem uma paleta de cores sóbrias. A madeira está no painel e na divisória, enquanto as paredes são em cimento queimado e o piso de vinílico, em preto.
Para solucionar a necessidade de espaço, os arquitetos optaram por colocar uma mesa comprida perpendicular à porta de entrada, sem divisórias, para acomodar o maior número de pessoas e criar interação entre elas.
Obras de artes foram criadas especialmente para o projeto e se tornaram uma característica marcante Foto: Mariana Orsi
“Projetamos divisórias de madeira com vidro transparente para criar uma sala de reunião onde os funcionários podem receber clientes e realizar reuniões internas. Escolhemos o vidro por dar maior amplitude para o espaço. E, pensando na privacidade, colocamos persianas de alumínio nas paredes”, relata a arquiteta.
Para não deixar a copa exposta, o escritório colocou uma porta de correr na continuação do painel de madeira.
O projeto de iluminação foi pensado para levar conforto às áreas de trabalho e destacar as obras de arte, desenhadas especialmente para o projeto. Segundo a arquiteta, essas esculturas de ferro se tornaram uma marca do escritório.
“Para a sala de reunião escolhemos colocar cadeiras que não são específicas de escritório. Optamos por modelos em couro, que são sofisticados e, ao mesmo tempo, confortáveis”, comenta Gandelman. Por fim, na parede próxima à entrada, a arquiteta colocou uma obra de arte visualmente leve, que não escondeu a parede de cimento queimado.