Com projeto arquitetônico do escritório Frederico Zanelato, a Casa Hazp foi construída em meio à vegetação nativa de um condomínio fechado em Mogi da Cruzes (SP). Aberturas amplas e ausência de detalhes dispensáveis marcaram a construção, que recebeu materiais em sua forma integral. “A prioridade da família – um casal e um filho – é viver com simplicidade. Conseguimos, então, conceber um ambiente integrado entre o espaço construído e os espaços livres verdes, com sustentabilidade e o menor impacto ambiental possível”, destaca Zanelato, responsável pelo projeto e proprietário do escritório.
A Casa Hazp possui três suítes, que ocupam o pavimento superior. Devido ao terreno em declive, esse andar com as áreas íntimas liga-se ao ambiente de estar e à rua, enquanto o térreo – com a cozinha e uma ampla sala – se abre ao quintal e à reserva de vegetação.
Dois portais em concreto sarrafeado aparente se destacam do volume principal da casa. O primeiro é acessado por uma rampa e caracteriza a entrada principal; o segundo, no pavimento inferior, abriga a sala de jantar com fechamento em vidro voltada à natureza.
Com seu projeto inspirado pelas arquiteturas portuguesa e japonesa contemporâneas e alguns mestres modernos brasileiros, como Artigas e Lina Bo Bardi, a casa é composta basicamente por concreto, alumínio e vidro.
De acordo com Zanelato, o volume é aberto para as árvores do fundo, e seu fechamento posterior se dá por uma composição de materiais – madeira e vidro –, que mantêm a transparência integradora. “Para a fachada voltada à rua, optou-se por um fechamento menos vazado, em alvenaria e vidro, preservando a intimidade dos quartos. Em ambas as fachadas se percebe o pórtico formado pelos beirais em balanço e as grandes empenas laterais”.
O arquiteto também enfatiza o projeto de iluminação. “É simples, mas conversa diretamente com a arquitetura e o entorno”.
Aproveitando a localização privilegiada da morada, em meio à mata, foram aplicadas medidas para diminuir o impacto no ecossistema local, como a criação de áreas sombreadas para proteger os moradores dos ventos e raios solares diretos. “As aberturas da casa favorecem a ventilação cruzada. Além disso, a temperatura interna fica sempre amena e agradável por conta do bosque nos fundos, preservado pelo terreno”, explica o arquiteto. A residência também conta com um reservatório próprio para a água da chuva, que pode ser reutilizada para limpeza e jardinagem.
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