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Vista Campinas

Vista Campinas
Projetado pelo escritório DMDV Arquitetos, o Vista Campinas é um clube localizado na cidade de Campinas (SP), pensado como um espaço de lazer totalmente equipado. Imagens: Nelson Kon e Alberto Ricci
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Vista com vista

Texto: Naíza Ximenes

Projetado pelo escritório DMDV Arquitetos, o Vista Campinas é um clube localizado na cidade de Campinas (SP), pensado como um espaço de lazer totalmente equipado. Embora pertença ao loteamento residencial de mesmo nome, o empreendimento fica em um lote separado e possui acessos independentes.

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Perante um terreno desafiador, com desnível acentuado, a equipe de arquitetos encontrou soluções inteligentes para adaptar um programa de necessidades extenso à topografia. O resultado foi um projeto econômico, funcional e em harmonia com as qualidades naturais do entorno.

O grande desafio construtivo foi como pousar o edifício nesse terreno, evitando grandes arrimos. A ideia, tanto por uma questão estética e arquitetônica, era não termos arrimos enormes nos lotes voltados para as ruas e para os lotes vizinhos. Também por uma questão de custo de execução, nós evitamos ao máximo trabalhar com arrimos. Então fomos escalando o terreno e escalando o programa para ter sempre taludes e contenções mais amigáveis, mais suavesRenato Dalla Marta, arquiteto no DMDV Arquitetos

Uma demanda específica, todavia, foi a inclusão de um grande estacionamento, que ocupou quase um terço da área, conforme exigido pela legislação municipal.  

O programa de necessidades do Vista Campinas incluía raia olímpica de piscina, área gourmet integrada ao salão de festas, academia, campo de futebol, quadras poliesportivas — incluindo a de beach tênis —, playground e área de churrasqueira.

Partido ousado

Marcado por uma geografia singular, o terreno tinha declive em múltiplos sentidos, de acordo com o arquiteto Renato Dalla Marta — uma característica que direcionou todo o desenvolvimento do projeto.

A proposta priorizou um layout em pavimento único, evitando soluções verticalizadas que comprometessem a funcionalidade do clube. Isso exigiu um planejamento cuidadoso para minimizar grandes arrimos e integrar o edifício ao relevo por meio de taludes suaves.

Assim, além da aposta em estrutura metálica, as circulações foram planejadas para evitar conflitos de uso, com áreas distintas para atividades esportivas e eventos sociais. A solução garantiu leveza visual e rapidez na execução, bem como permitiu criar uma grande cobertura metálica, elemento central do projeto.

Vista aérea do clube. O acesso acontece pela porção mais alta do terreno, que tem uma grande cobertura sobre as estruturas. Em uma cota intermediária, está a piscina com raia de 25 metros. NA cota mais baixa, estão as quadras poliesportivas, cercadas por vegetação <span height= O desnível entre cotas do terreno acontece em mais de uma direção — tanto para o fundo do lote, quanto para as laterais 


Essa cobertura conecta todo o programa, com volumes descolados do solo e da estrutura superior, permitindo a entrada de luz natural por aberturas zenitais estrategicamente posicionadas.

Vale mencionar, ainda, que há duas fachadas no complexo. A fachada voltada para o estacionamento é propositalmente mais fechada, para controlar a insolação intensa do local. Já as áreas voltadas para a vista de uma mata exuberante são bem mais abertas, proporcionando integração com o exterior e valorizando a paisagem.

Para o acabamento, placas de ACM com textura de madeira substituem o forro de madeira, devido à preocupação com manutenção e à busca por uniformidade estética. Internamente, o mobiliário e os revestimentos foram cuidadosamente projetados para manter uma linguagem homogênea.

Paisagem funcional

A entrada do clube é marcada por uma marquise, também metálica, em balanço, que não apenas identifica o acesso principal, mas também oferece abrigo aos visitantes. As áreas sociais, como o salão de festas e as varandas, foram posicionadas para aproveitar a melhor vista e a insolação ideal, enquanto os blocos técnicos, como vestiários e cozinhas, foram colocados em áreas menos privilegiadas visualmente.

“Nós fugimos um pouco da cor usual”, conta a arquiteta Aline Pinheiro. “Trouxemos um pouco mais do verde, até para fugir do branco, cinza ou do próprio preto. Foi uma forma de destacar toda a estrutura metálica e o fechamento, também de telha. Deu um destaque maior para a estrutura e um contraste legal com o ACM”, conclui.

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Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2023
  • Conclusão da obra: 2024
  • Área construída: 1.200 m²

Ficha Técnica

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