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Reserva Particular do Patrimônio Natural Caruara

Reserva Particular do Patrimônio Natural Caruara
Na Lagoa de Iquipari, no município de São João da Barra (RJ), o escritório de arquitetura ST Arq projetou a Reserva Particular do Patrimônio Natura (RPPN) Caruara, pertencente ao Porto de Açu Foto/Imagem:Roberto Price

Natureza refinada

Texto: Naíza Ximenes

Iquipari, cujo nome é de origem indígena, é um distrito do município de São João da Barra, no Rio de Janeiro, que abriga um grande tesouro nacional: a Lagoa de Iquipari. De águas limpas e tranquilas, a lagoa faz parte de uma grande reserva ambiental. Se antes o local já era conhecido pela imensa biodiversidade de fauna e flora, hoje divide a fama com a Reserva Particular do Patrimônio Natura (RPPN) Caruara, um complexo projetado pelo escritório ST Arq.

Stephan Steyer, arquiteto sócio-fundador da ST Arq, é quem conta sobre o projeto transformador, que aconteceu em 2021. Ao receber o convite da SUM Engenharia para desenhar o espaço, ele e a equipe de arquitetos do escritório se viram frente ao desafio de aprimorar um projeto preexistente, dentro do orçamento. "Recebemos um projeto simplificado, mas enxergamos potencial para algo grandioso”, ele conta.

Recriando o equilíbrio: um compromisso com a natureza

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Caruara, pertencente ao Porto de Açu, emergiu como um refúgio natural crucial. Além de seu compromisso com a preservação das tartarugas marinhas, a RPPN buscava redefinir sua interação com a comunidade local. O desafio era grande: modernizar suas instalações enquanto mantinha o equilíbrio ecológico.

Nossa missão foi transformar a RPPN em um santuário moderno sem comprometer a integridade ambiental do local Stephan Steyer, arquiteto sócio-fundador da ST Arq

O terreno, embora plano, apresentava desafios únicos. Com uma área delimitada pelas regulamentações ambientais, a equipe apostou em uma implantação em semicírculo, orientada para otimizar a experiência do visitante.

Além disso, o projeto foi concebido com um compromisso inabalável com a sustentabilidade. Da escolha dos materiais à integração de estratégias de iluminação e ventilação natural, cada decisão foi guiada pelo respeito ao meio ambiente.

A busca por certificação Green Building levou a soluções inovadoras, como o uso de madeira local e telhados com alta resistência aos ventos.

Além do concreto: o encanto da simplicidade

Um dos aspectos mais cativantes do projeto é sua simplicidade elegante. Utilizando da alvenaria e da madeira maciça, a equipe criou uma estética atemporal e acolhedora. A integração harmoniosa desses elementos naturais é o verdadeiro coração do empreendimento.

Logo na entrada, o empreendimento recebe os visitantes com uma área de estacionamento marcada por um piso de brita – uma escolha que visava garantir a permeabilidade no chão. Uma vez dentro do complexo, eles são recebidos por uma estrutura de apoio, incluindo vestiários e uma área destinada a um restaurante ou museu, além de espaços de recreação infantil – o primeiro dos três edifícios.

foto de uma área ao ar livre, onde fica a RPPN Caruara. À direita, há uma parede que leva à praia ao fundo, com uma arte de tartarugas. à esquerda, há um edifício, não muito lto, de paredes brancase telhado de madeira um pouco mais acima que o topo do prédio. Pilares de madeira sustentam esse telhado. No meio, há um pergolado juntando os dois edifícios  <span height= À direita, o prédio dedicado ao tratamento e cuidado com as tartarugas 


Os outros dois prédios têm usos distintos: um deles com uma área dedicada ao tratamento das tartarugas – composta por piscinas e caixas d'água adaptadas para atender às necessidades desses animais – e o outro ocupado pelo prédio principal, que abriga um auditório, áreas administrativas e um rooftop com vista panorâmica para a reserva. Para garantir a acessibilidade ao espaço, a equipe apostou em grandes portas de correr e uma plataforma de acesso ao rooftop.

Outro ponto interessante foi a construção de um anfiteatro ao ar livre, decorado com arte temática de tartarugas, oferecendo um espaço acolhedor para os visitantes. Um deck foi construído até o nível da lagoa, garantindo acesso facilitado para aqueles que desejam utilizar barcos ou embarcações. Essas instalações foram planejadas com cuidado, visando não apenas o entretenimento, mas também a preservação e o conforto dos visitantes da reserva.

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Alessandro Sciulli, que também é arquiteto da ST Arq, comenta que a alvenaria com pintura foi a escolha perfeita para o revestimento das estruturas, por ser uma estratégia que reunia princípios como estética, economia e sustentabilidade em uma única ação.

“Além da alvenaria com pintura, os acabamentos internos de piso ganharam revestimento em cerâmica, tijolo, cera e tijolo maciço como piso”, explica Steyer. “Nós só passamos um pouco do estipulado na estrutura metálica e na telha sanduiche no teto, por questões ambientais. Foi um método que diminuiu a incidência de calor, aumentou o sombreamento do local e diminuiu a necessidade de ar-condicionado. São materiais muito simples, assim como a caixilharia toda em madeira maciça, que representou um grande esforço da construtora de procurar fornecedores locais para que tudo que fosse utilizado, fosse desenvolvido nos arredores”, ele conta.

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Escritório

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Local: RJ, Brasil
Início do projeto: 2021
Conclusão da obra: 2022
Área do terreno: 2.500
Área construída: 1.800

Tipo de obra:
Praças e parques
Tipologia:
Urbanismo

Materiais predominantes:

Diferenciais técnicos:

Slideshow Desenhos e plantas

Ficha Técnica

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