Com uma arquitetura contemporânea que é ao mesmo tempo impactante e despretensiosa, a Casa Ipê irradia tropicalidade. Também, pudera! A morada de veraneio está situada na Praia do Forte, um vilarejo tranquilo e despojado ao sul da Bahia, destino de todos aqueles que buscam paz e proximidade com a natureza.
Projetada por um escritório internacional, mas com DNA baiano, o Sidney Quintela | Architecture + Urban Planning, a Casa Ipê traz muitas influências desse lugar, dessa atmosfera praiana que é ao mesmo tempo democrática e exclusiva, tranquila e vibrante, local e cosmopolita.
“Para nós, o que torna este projeto especial é o fato de ele dialogar perfeitamente com o estilo de vida e com as expectativas da família e respeitar a arquitetura do entorno direto, o meio ambiente e as proporções que o terreno nos ofereceu”, sintetiza a equipe.
O programa de necessidades da casa se distribui entre o subsolo (onde fica a zona destinada aos serviços, lavanderia e dependência para empregados), o pavimento térreo (áreas sociais) e o pavimento superior (suítes).
“No pavimento térreo temos as áreas sociais, estar, jantar, gourmet, piscina e varandas, além da suíte de hóspedes. Já o pavimento superior foi destinado à área íntima dos moradores, composta pelas suítes da família e uma pequena copa que dá apoio aos quartos”, detalham os arquitetos.
Segundo eles, o zoneamento da casa foi pensado de maneira que as áreas sociais ficassem no nascente e os vãos de esquadrias voltados para a orientação onde há ventilação predominante local, garantindo maior entrada de luz natural e conforto térmico.
O uso abundante da madeira nos forros, escada e esquadrias teve um propósito: criar espaços aconchegantes, com um conceito casual e convidativo. Segundo os arquitetos, todos os espaços podem ser usados sem maiores restrições, como é pra ser em uma casa de praia.
Os materiais naturais nortearam toda a especificação de matéria-prima. A madeira ipê está na estrutura e no forro; as madeiras grapia e peroba mica estão nas esquadrias; os tijolinhos de travertino compõem a parede do living; e todos esses elementos se associam a uma marcenaria limpa e sem grandes detalhes. “A madeira é a protagonista da casa”, afirmam os arquitetos do Sidney Quintela.
A utilização de esquadrias em venezianas móveis foi uma solução arquitetônica criada para controlar a incidência solar na edificação, permitindo que o interior da residência tivesse um clima agradável, com muita iluminação e ventilação natural, tal como solicitaram os proprietários aos arquitetos.
“Algumas características do nosso trabalho se fazem presente neste projeto, como grandes vãos, grandes aberturas envidraçadas piso teto, pé-direito duplo, linhas retas e uma forte relação entre o interno e o externo, trazendo a percepção do paisagismo para o convívio das pessoas”, menciona a equipe.
Vale dizer que, na Casa Ipê, o paisagismo não ficou limitado à área externa. Ao lado da escada de madeira que leva ao andar superior há um jardim interno, menor, porém de grande peso para os ambientes sociais, já que ele reforça a sensação de proximidade com a natureza e traz bem-estar.
No projeto de interiores, destaca-se uma paleta de cores com pouco contraste, estabelecendo um conjunto neutro e elegante. O uso de cor foi pontuado no mobiliário e obras de arte, as quais já faziam parte do acervo dos moradores.
O projeto luminotécnico da Casa Ipê foi pensado para proporcionar cenas que dialogam com o uso dos espaços, de forma que luzes e sombras criam uma atmosfera aconchegante e com conforto visual, sem prejudicar a funcionalidade dos ambientes.
Nas áreas de trabalho e maior utilização, como cozinha, área de serviço e sanitários, a iluminação proposta é mais homogênea e intensa. “Ou seja, buscamos proporcionar a luminosidade adequada a cada uso”, concluem.
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