O projeto da Unidade Avançada Perdizes do Hospital Israelita Albert Einstein, do escritório Levisky, alia estética, conforto interno, desempenho das atividades hospitalares e responsabilidade ambiental. O prédio de 20 mil m2 de área construída e 10 andares – cinco subsolos e cinco pavimentos – ocupa posição privilegiada e estratégica entre as esquinas da Avenida Sumaré e da Rua Apiacás, em São Paulo.
Compostas por vidro insulado e serigrafado, as fachadas reduzem a incidência de raios solares no interior do prédio, contribuindo para o conforto térmico. “A solução de baixo custo produz um sombreamento que não depende de uma persiana e propicia redução no consumo de energia, de ar-condicionado, além de criar ambientes mais intimistas para as áreas de permanência”, O cubo de vidro serigrafado proposto para as fachadas traduz-se em pele de vidro insulado, trazendo a condição de ventilação permanente Adriana Levisky explica a arquiteta Adriana Levisky.
O principal destaque do projeto é a volumetria, que tira partido da inserção urbana, trazendo o espaço público para dentro do empreendimento através do paisagismo e gerando uma composição de volumes interligados por meio de reentrâncias verticais em vidro que coincidem com algumas áreas de espera e circulação interna do complexo, trazendo claridade e iluminação natural aos ambientes.
O projeto adotou soluções de fachada e de divisões internas que pudessem permitir alterações e adequações futuras. “O cubo de vidro serigrafado proposto para as fachadas traduz-se em pele de vidro insulado. O vidro externo é serigrafado e o interno laminado é liso. Ora fixos, ora de abrir, trazem a condição de ventilação permanente”, destaca. Esta característica busca trazer a sensação de uma superfície vítrea leitosa perolizada para quem olha de fora, e para quem vê de dentro, uma superfície transparente, porém reservada.
O projeto arquitetônico visa à certificação LEED na categoria Prata. Dessa forma, buscou priorizar áreas de longa permanência, bem como salas de espera e recepções, próximas às fachadas, aproveitando-se da iluminação e ventilação naturais. Para atendimento dos requisitos sustentáveis, projeto e obra contemplaram entre outros aspectos: áreas verdes ajardinadas, facilidade de acesso e transporte público nas imediações, vagas ‘verdes’ (preferenciais para carros menos poluentes – flex e carpool), bicicletário, sistema A solução de baixo custo produz um sombreamento que não depende de uma persiana e propicia redução no consumo de energia, além de criar ambientes mais intimistas para as áreas de permanência Adriana Leviskyde reuso de águas para irrigação, eficiência energética com uso do sistema VRF a gás, iluminação artificial eficiente, controle de medição do consumo de energia, uso de madeira certificada e utilização de resíduos recicláveis na edificação.
A edificação foi pensada também para atender ao fluxo viário existente na região. O acesso se dá pela rua Apiacás, decorrente do volume de automóveis, e ocorre por meio de pista interna, até chegar aos estacionamentos nos 2º, 3º, 4º e 5º subsolos. Quanto aos acessos internos, o prédio está organizado a partir de um core central, composto por elevadores sociais, com frente para a Avenida Sumaré, e elevadores de serviços e escadas para os fundos. A partir deste eixo de circulação vertical, os pavimentos recebem, de forma geral, a seguinte distribuição: fluxo social vinculado às áreas de espera junto à fachada e fluxos operacionais e de serviços ao redor das outras três faces do core central. Estruturalmente, a série de pilares periféricos e o core central, ambos de concreto, geram a planta livre do hospital, a fim de melhor acomodar o complexo programa.
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