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Casa Leblon

Casa Leblon
A arquitetura promove a transição gradativa entre interior e exterior, por meio de sucessivos filtros de luz, extrapolando os limites convencionais da construção. Imagens: Mario Grisolli
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Jogo de luz e sombra

Texto: Tais Mello

Inspirada nas formas puras e bem marcadas, a Casa Leblon, projetada pelo arquiteto Indio da Costa explora o estilo minimalista, mas com uma preocupação singular com a unidade. Os beirais de concreto com espessura de 10 cm evidenciam uma estrutura arrojada. “Tivemos o desafio de vencer grandes vãos, em especial o da área social – a sala –, que se transforma em uma imensa varanda com 8 m de balanço em concreto protendido, fundindo-se por completo com o jardim, que é uma extensão natural da casa”, revela o arquiteto.

Durante a concepção, outro cuidado se refletiu no resultado: a luz natural. A arquitetura bem Tivemos o desafio de vencer grandes vãos Indio da Costa pensada promove a transição gradativa entre interior e exterior, a quebra de limites, através de filtros sucessivos de luz e sombra. Indio explica que essa é uma constante em projetos desenvolvidos para regiões tropicais, onde “o excesso de luz precisa ser amenizado”. Com vãos tão generosos e várias possibilidades de abertura, a residência torna-se muito bem ventilada e iluminada naturalmente, uma característica inerente aos projetos concebidos pelo escritório.

Curiosamente, a Casa Leblon representa para o arquiteto uma visita ao passado. É que no local havia uma residência projetada na década de 1970 por Indio da Costa. Trinta anos depois, o novo proprietário procurou o profissional com a intenção de modernizá-la. “Percebemos que a reforma não seria indicada, porque resultaria em uma solução insatisfatória e antieconômica. O mais lógico era demolir a construção e erguer uma nova, com liberdade total”, relembra.

Indio da Costa levou grandes vãos e balanços ao limite extremo, mas com muita leveza Foto: Mario Grisolli

Pavimentos invertidos

Fugindo do convencional, a construção de dois pavimentos tem uma planta clara, com estrutura ousada, de poucos pilares e grandes vãos. O andar inferior é totalmente dedicado ao trabalho dos proprietários – escritório e ateliê de pintura/escultura. O superior, exclusivamente residencial, tem o predomínio da integração na ala social formada pelo living, home theater, uma sala de jantar e varanda, todas interligadas.

O projeto de interiores desenvolvido pela arquiteta Lia Siqueira exibe espaços limpos, que refletem o O mais lógico era demolir a construção e erguer uma nova, com liberdade total Indio da Costa estilo prático e despojado da vida moderna, onde a ênfase está no essencial. Já as fachadas contemplam esquadrias nas áreas sociais caracterizadas por grandes panos de vidro encaixilhados em madeira. Todas correm para um mesmo lado, de forma que, quando abertas, o limite entre interior e exterior praticamente desaparece.

Iluminação pontual

A generosa metragem da casa determinou o tipo de iluminação projetada pelo light designer Peter Gasper. “Procuramos não variar muito os tipos de lâmpada para facilitar a manutenção. Também optamos por sensores de presença em locais como corredores de serviço, halls e toiletes”, pontua o profissional. Como os proprietários têm muitas obras de arte e quadros, o realce desses objetos mereceu atenção especial do light designer, juntamente com o jardim, que foi minuciosamente iluminado depois de pronto.

Escritório

  • Local: RJ, Brasil
  • Início do projeto: 2004
  • Conclusão da obra: 2006
  • Área do terreno: 3.900 m²
  • Área construída: 2.400 m²

Ficha Técnica

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