Com projeto de interiores assinado pelo escritório CG arquitetura.interiores, o SAL é um convite para quem deseja comer ou tomar um drink rodeado de elementos industriais. Comandado pelo chef de cozinha Henrique Fogaça, o restaurante chegou cheio de personalidade e estilo ao terceiro andar do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo.
Tivemos o privilégio de abrir uma janela na fachada do Cidade Jardim com vista para a Ponte Estaida Carina CogoJanelões com vista para a Marginal Pinheiros envolvem um amplo espaço com capacidade para 150 pessoas e um programa organizado em dois salões, bar, jardim, terraço e, o mais importante, uma cozinha aberta para ver o chef e sua equipe em ação.
O formato do novo restaurante deveria ser diferente, mas ao mesmo tempo não poderia se afastar do estilo da sede, localizada no bairro de Higienópolis, também na capital paulista.
O convite para traçar o design do SAL veio do chef, de seu irmão Guilherme Fogaça e dos empresários Fernando e Rafael Ludgero. “Fomos procurados pelos sócios para fazer essa segunda unidade do restaurante, e a primeira ideia deles era de sempre ter um ambiente com bastante concreto, tijolinho e uma pegada mais destroyed”, revela a arquiteta Carina Cogo.
Os proprietários já tinham como briefing que o espaço deveria ter ‘a cara do chef Henrique Fogaça’. Alguns elementos do novo projeto também estão no primeiro SAL para haver conexão entre os dois mundos gastronômicos.
Antes, o local era ocupado por um restaurante italiano com um estilo clássico e rebuscado, com muitas molduras nas paredes e no teto e até um vitral. Existiam também baias que limitavam o espaço e criavam obstáculos para os clientes circularem pelo salão.
O primeiro passo foi alterar esse layout, pois o novo projeto precisava de boa circulação, tanto para os clientes, como para os funcionários, e também conforto nas mesas e menos poluição visual.
A iluminação foi muito bem estudada para não atrapalhar os clientes e ofuscar sua visão. Com as luminárias todas pretas, elas somem no teto e fica menos informação Georgia LoverdosUma característica do chef é a cozinha aberta, para a interação com o público. Segundo a arquiteta Georgia Loverdos, a ideia inicial sempre foi ter uma boqueta aberta, mas que dependia da retirada de um pilar. “Quando recebemos autorização para isso, tiramos essa barreira, obtendo mais transparência e dois lugares que poderiam ser menos privilegiados”, complementa.
Durante as obras foi descoberta uma coluna metálica, a qual foi mantida em cima da boqueta para dar ao SAL o estilo industrial desejado.
Na parte estrutural foram feitas algumas alterações elétricas e de infraestrutura de ar-condicionado. O forro foi todo refeito e a cozinha foi 100% alterada para suprir as exigências do chef. “É um forro perfuradinho e com uma acústica bem legal. Pintamos tudo de preto para sumir com ele e aplicar iluminação, e também escurecemos o ambiente para ter realmente essa pegada mais industrial”, conta Cogo.
Embora a fachada existente tenha sido reaproveitada, os arquitetos aplicaram uma textura cinza que chama bastante atenção. Como o restaurante já tem uma bela iluminação interna, o intuito foi transformar a face em um cubo iluminado visto por todos os ângulos do shopping. “Tivemos o privilégio de abrir uma janela na fachada do Cidade Jardim com vista para a Ponte Estaida”, expõe a arquiteta.
O projeto de iluminação do SAL foi desenvolvido pela empresa Lucenera. Telas para luminárias, arandelas e lâmpadas de filamento reforçaram a industrialidade nos ambientes.
“A iluminação foi muito bem estudada para não atrapalhar os clientes e ofuscar sua visão. Com as luminárias todas pretas, elas somem no teto e fica menos informação”, comenta Loverdos.
Os proprietários pediram um balcão de aço corten feito com pedra Onix vinda especialmente do Paquistão, e embaixo do tampo foi criada uma iluminação diferente para destacar.
A decoração industrial leva materiais em cobre, madeira e couro. As paredes receberam pintura especial que imita o cimento queimado e, depois de alguns testes, a tonalidade mais clara foi escolhida para se igualar ao piso.
O mobiliário do SAL foi desenhado pelo escritório de arquitetura em parceria com a loja de decoração Fahrer.
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