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Max Bistrô

Max Bistrô
Poucas mesas, uso recorrente da madeira e atmosfera intimista lembram os pequenos restaurantes europeus, mas a criatividade exposta nas pinturas sobre painéis de lona e o atendimento personalizado são tipicamente brasileiros Foto/Imagem:Alexandre Oliveira

Charme franco-brasileiro

Um sobrado construído na década de 1940 – em São Paulo, no bairro dos Jardins –, com pé-direito Logo no início, quando começamos a conceituá-lo, buscamos referências nas feiras de rua, de onde os alimentos vêm. Max tem origem no Oriente, cujo comércio ambulante é bem típico Paulo Lisboa alto, materiais naturais, cores, poucas mesas e agradável charme francês combinado a um atendimento personalizado. Esse é o contexto em que foi desenvolvido o projeto do Max Bistrô, que surgiu das inúmeras conversas entre o arquiteto Paulo Lisboa e o proprietário do restaurante, Max Abdo. “Logo no início, quando começamos a conceituá-lo, buscamos referências nas feiras de rua, de onde os alimentos vêm. Max tem origem no Oriente, cujo comércio ambulante é bem típico”, conta Paulo Lisboa, responsável pelo projeto de arquitetura.

Cozinha em evidência

O restaurante tem apenas 170 m² muito bem aproveitados, cujo conceito slow food incorpora-se à arquitetura e ambientação do espaço. O terreno exíguo, com 4,4 x 22 m é parte de um conjunto geminado de duas casas interligadas pela mesma parede. A construção estava abandonada, com o interior totalmente subdividido em uma série de ambientes pequenos: sala, cozinha, quarto, corredor.

Longe de ser um empecilho, a condição longitudinal determinou soluções que permitem ao cliente entrar e descobrir, aos poucos, o restaurante. As paredes foram eliminadas. Logo na entrada o ambiente é aberto, de pé-direito duplo, pronto a dividir o espaço com a cozinha e o bar, e levar os clientes ao pavimento superior por meio de uma passarela que interliga os dois pisos. O arquiteto explica que limpar tudo deixando o pé-direito duplo e iluminado, deixa a sensação de estar em um ambiente maior. “Torna tudo muito mais interessante e agradável”, arremata.

Soluções marcantes

“Para não descaracterizar o sobrado, mantivemos a cobertura de quatro águas existente. Sob ela, o salão é dividido em uma área técnica, onde localiza-se a cozinha show, toda envidraçada, que permite aos clientes observarem a preparação dos alimentos, e a parte social, de refeições”, descreve Paulo. Em função do pouco espaço, uma grande estante ao mesmo tempo funcional e decorativa serve para armazenar alimentos, materiais e bebidas utilizadas no restaurante. Paulo conta que o móvel trouxe riqueza ao espaço, ao incorporar cores e um diferencial: a arte. Para Denise Barretto, arquiteta responsável pelo design de interiores do bistrô, o móvel aparente é uma eficiente forma de aproveitar o espaço e organizar o estoque sem poluir o ambiente, já que algumas partes ostentam painéis de lona pintados do piso ao teto, que podem descer e ser recolhidos a qualquer momento. “A solução esconde uma possível desordem e ainda se mostra simpática. A ideia do próprio Max Abdo reúne artistas plásticos amigos – Black Linhares, Dudu Santos e Victor Leme Rique – que desenvolveram três temáticas para o restaurante: bebida, comida e conversa. Ou seja, o encontro entre as pessoas”, interpreta a arquiteta.

Max Bistrô - Charme franco-brasileiro
Arquitetura e decoração se complementam: pé-direito duplo, sancas de gesso no teto, iluminação com luz indireta e luminárias pendentes na cor cobre Foto: Alexandre Oliveira

Iluminação dosada

Para aumentar a intensidade da luz natural, a fachada principal ganhou uma reforma que a deixou A solução esconde uma possível desordem e ainda se mostra simpática. A ideia do próprio Max Abdo reúne artistas plásticos amigos – Black Linhares, Dudu Santos e Victor Leme Rique – que desenvolveram três temáticas para o restaurante: bebida, comida e conversa. Ou seja, o encontro entre as pessoas Denise Barretto completamente liberada. Ao longo do ambiente, uma cobertura de vidro recebe luminosidade e calor, trazendo a claridade para dentro. Embora a luz não esteja focada em cada mesa, há movimento, uma dinâmica feita sob medida para o restaurante. O pé-direito duplo permite, inclusive, brincadeiras com a iluminação, com o uso de sancas de luz indireta e uma reunião de pendentes metalizados, compostos em alturas irregulares. “Durante o dia, exploramos ao máximo a luz natural, e à noite, a artificial, que começa menos intensa até ficar mais aconchegante”, explica Denise, que contou com o apoio do light designer Guinter Parschalk no desenvolvimento do projeto luminotécnico.

Materiais naturais

Características como transparência, atemporalidade e aconchego foram buscadas nos materiais usados na reforma. Era preciso imprimir unidade ao interior, por isso o uso de cores e materiais puros – que envelhecem bem, como a madeira – e naturais, a exemplo do couro e da granilha, que reunidos transmitem conforto. Dentro do layout-corredor, foi acomodado o maior número de mesas possível. Redondas ou retangulares, elas possibilitam a reunião de pequenos grupos de amigos. No lado oposto, o sofá corrido, de couro com encosto em capitonê, vai de uma ponta a outra, sendo acompanhado por um grande espelho, típico de um bistrô. “Não existe um bistrô sem espelho. Sua função? Ver as outras pessoas em uma dinâmica quase de paquera”, brinca Denise.

Escritório

Denise Barretto Arquitetura18 projeto(s)Paulo Lisboa4 projeto(s)

Local: SP, Brasil
Conclusão da obra: 2012
Área construída: 170

Tipologia:
Comercial

Materiais predominantes:

Diferenciais técnicos:

Ambientes e Aplicações:

Slideshow

Ficha Técnica

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