O Blue Note, originalmente sediado na cidade de Nova York (EUA), é um bar-restaurante onde são realizados shows de jazz, soul, hip-hop, R&B e funk. A primeira filial chinesa encanta os clientes com seu estilo clássico, porém despojado.
Concebido pelo escritório de arquitetura chinês Chiasmus Partners, o projeto arquitetônico está localizado no pátio do antigo prédio do consulado da Dinastia Qing e a poucos minutos do Palácio Proibido de Pequim. “Nossas inspirações para desenvolver cada detalhe foram a música e a história do complexo, com longos corredores, curvas e voltas, além de um jogo entre diferentes volumes”, contam os designers do projeto, James Wei Ke e Hyunho Lee.
A entrada do Blue Note é uma singela abertura subterrânea no pátio onde fica o antigo consulado da Dinastia Qing. Os visitantes são guiados para o interior por uma grande escadaria, até chegarem ao lobby principal, onde há uma loja e um pequeno café. Seguindo por esse ambiente, encontram um longo e estreito corredor com paredes decoradas com uma linha do tempo que conta a história do jazz.
No final do “túnel”, chega-se ao grande saguão, a cerca de 5 m abaixo do nível da rua. Nesse espaço, estão as entradas para os setores VIPs superiores, a bilheteria, o escritório e alguns banheiros.
Do saguão, uma escada azul com teto curvo leva ao espaço para espetáculos, no andar debaixo. O palco é mais largo do que profundo, ou seja, não tem um layout tradicional. Isso promove uma atmosfera envolvente e minimiza a distância entre os assentos e o palco. São 240 cadeiras no nível do solo, todos flexíveis e removíveis, e sete na área VIP.
Os materiais usados no interior da edificação são bastante simples: black metal, uma placa de betão prensado, um painel metálico perfurado com tratamento acústico, como superfícies de parede, pavimento de madeira e mobiliário com forros acústicos de couro.
A iluminação acentua o palco e os artistas com tons de azul. O espaço para shows é equipado com sistema de som e alto-falantes estrategicamente posicionados que alcançam todos os assentos. O layout também fornece uma grande variedade de ângulos para observação do palco, o que incentiva os clientes a voltarem, pois, as experiências na casa nunca são iguais.
Veja o projeto de outras casas noturnas na Galeria da Arquitetura:
Disco Club, por Estudio Guto Requena e Maurício Arruda arquitetos + designers
Escritório
Termos mais buscados