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Apartamento Ibirapuera

Apartamento Ibirapuera
Após intensa reforma, o apartamento integrou-se ao entorno e ganhou sala de música, ginástica, jardim vertical e cobertura com lazer completo Foto/Imagem:Maíra Acayaba

Tríplex renovado

O Apartamento Ibirapuera – um tríplex projetado pelo escritório Casa 14 – ganhou vida e aspecto novo após uma intensa reforma. De acordo com as arquitetas responsáveis pelo projeto, o imóvel estava no estado original e com muitos problemas de impermeabilização, depois de passar oito anos fechado. “Estava quase em ruínas. Por isso foi um projeto arquitetônico completo, uma reforma do zero”, destaca Mariana Andersen, uma das autoras.

Por estar localizado ao lado do Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP), uma das premissas era a criação de aberturas que pudessem estender as vistas da morada para esse verdadeiro cartão-postal da cidade. “Queríamos criar paisagens dentro do apartamento, trazer luz e uma cara mais jovem – mesmo sendo para um homem bem tradicional. Ele quis um projeto feito por novos arquitetos. Como moraria sozinho, resolvemos abrir as áreas e fazer uma série de enquadramentos para que ele tivesse total domínio do espaço”, reforça Mariana Guardani, também autora da obra.

Nos 900 m² do tríplex, muitas áreas verdes intensificam a integração do interior com exterior e com o parque, criando uma permeabilidade entre os níveis. “Acredito ser essa a aura do projeto; da não percepção de que estamos em um apartamento”, complementa Andersen.

Programa integrado e permeável

O principal pedido do proprietário do Apartamento Ibirapuera era a resolução de vários aspectos de sua vida dentro do programa. Ele precisava de espaços para trabalhar e escrever, se exercitar, receber amigos e família e usufruir de áreas de lazer para os fins de semana. Visando essa implantação, o partido do projeto foi setorizar todas as necessidades por andares.

As aberturas para o jardim vertical externo formam a forte integração entre ambientes Foto: Maíra Acayaba

O primeiro andar abriga a moradia básica, com dormitórios, sala, cozinha e área de serviço. No nível intermediário encontra-se a biblioteca – que conta com um acervo de 5 mil livros –, o escritório e uma sala de ginástica. O último andar recebe a área de lazer, com churrasqueira, sauna, banheira de hidromassagem e uma sala de música, porque o hobby do proprietário é tocar bateria. “A sala deveria ser completamente isolada para não incomodar os vizinhos, então fizemos um estudo acústico de isolamento”, explica Andersen. “Essa área de lazer coroa o apartamento”, acrescenta Guardani.

Acredito ser essa a aura do projeto; da não percepção de que estamos em um apartamento Mariana Andersen

Uma escada corta o Apartamento Ibirapuera inteiro em um só vão, que recebe bastante entrada de luz natural. Esse banho de sol também reforça a integração de andares, que conversam inclusive por meio dos jardins. “Digamos que é um oásis na cidade”, comenta Guardani. Andersen explica que a integração é visível de todos os ângulos e abraça o programa. “Da sala, ele olha para cima e consegue perceber o corredor que leva à biblioteca, a qual possui uma grande abertura para um jardim vertical externo.”

Materiais, soluções e decór

Para revestir o piso da ampla sala de estar, as arquitetas optaram por aplicar silestone bem claro. Em complemento, as paredes foram pintadas de branco para iluminar o espaço e permitir liberdade para a instalação do mobiliário. “O cliente pediu uma atmosfera muito clara e tranquila, onde ele pudesse relaxar e se inspirar para escrever. Por isso fizemos uma espécie de cubo branco com muita claridade e optamos por móveis bem marcantes”, explica Andersen. A escolha do mobiliário, por sua vez, destaca o design brasileiro.

Os quartos e os andares superiores do Apartamento Ibirapuera receberam madeira clara e muito verde para a criação de áreas mais acolhedoras. O jardim vertical circunda todo o perímetro da cobertura, e pequenas janelas instaladas – emolduradas pela vegetação –servem como observatório.

A escada que liga os três pavimentos encontra-se no centro da sala. “Quisemos dar a ela um ar escultórico, com chapa metálica, piso de silestone e madeira”, destaca Andersen. Um guarda-corpo de vidro faz o acabamento de ambos os materiais, para trazer leveza. “A escada foi um laboratório, assim como o piso e o estúdio. Foram definidos depois de muita conversa entre nós e o engenheiro... Ideias que foram dando certo ao longo do caminho, o que foi bem legal”, destaca Guardani.

Apartamento Ibirapuera - Tríplex renovado
Para atender ao hobby do proprietário, que gosta de tocar bateria, as arquitetas optaram por construir uma sala de 100 m² para abrigar um estúdio de música na cobertura Foto: Maíra Acayaba

Cobertura com natureza, spa e sala de música

Como o último andar do Apartamento Ibirapuera era totalmente descoberto, as arquitetas optaram por construir uma sala de 100 m² para abrigar o estúdio de música. Estruturado em aço, o espaço recebeu telha sanduíche para isolar do calor, devido à grande incidência de sol na área. “Fizemos uma box in a box – caixa de lã de rocha com drywall – e depois instalamos o painel de madeira frisado para o tratamento acústico. Dessa forma, o som fica isolado da área externa. O piso da sala de música também é de madeira”, explica Mariana Andersen.

Dois panos de vidro foram instalados para fechar a sala; um se abre para a banheira de hidromassagem enquanto o outro se abre para o jardim vertical – que também pode ser avistado pela biblioteca no nível inferior. “Também instalamos um deck que vai da área interna para a área externa, para combinar com a vegetação da cobertura”, comenta Mariana Guardani.

Além da sala de música, a cobertura conta com um ambiente de bem-estar – com a banheira de hidromassagem – e uma área de churrasqueira muito frequentada pelos filhos do proprietário. “Esse pavimento estava vazio e com uma piscina em ruínas, que causava os problemas com infiltração. Por isso garantimos novos usos a ele”.

Uma sauna, trazida da Suécia, também completa a área de lazer do topo do Apartamento Ibirapuera. “Ela não é nem úmida nem seca, é chamada de semiúmida, o que é bem tradicional no país. Então, é possível aproveitar e ficar mais tempo nela sem sentir desconforto”, complementa Guardani.

Escritório

Casa 14 Arquitetura8 projeto(s)

Local: SP, Brasil
Início do projeto: 2015
Conclusão da obra: 2015
Área do terreno: 1500
Área construída: 900

Tipologia:
Residencial

Materiais predominantes:

Diferenciais técnicos:

Slideshow Desenhos e plantas

Ficha Técnica

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