Escadas externas para todo gosto

Exemplos, modelos e referências de escadas externas
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Casa
63
, por Sonne
Müller Arquitetos
– Foto: Daniel Secches

Redação Galeria da Arquitetura

As escadas externas devem ser funcionais, mas nada limita ou impede que elas também agreguem valor estético aos projetos. Pelo contrário, a necessidade de incorporar esse elemento ao projeto arquitetônico permite que os arquitetos brinquem com formas e materiais, e ainda combinem a estrutura com um detalhado projeto paisagístico, por exemplo. Seus componentes – degraus, guarda-corpo e corrimãos – também podem ser explorados nesse sentido. Assim, nasce um caminho diferenciado, mais que um mero conjunto escalonado que interliga patamares.

Para inspirar, separamos uma lista de escadas externas nos mais variados e criativos modelos publicadas na nossa Galeria. Confira!

Escadas helicoidais

A escada da Casa 63, do Sonne Müller Arquitetos, dá acesso à cobertura da residência, que abriga um deck de madeira, uma área verde com horta particular e sistemas para aquecimento e reaproveitamento de água e geração de energia solar. Pela importância do espaço, o arquiteto Lucas Sonnewend revela que a ideia foi transformar a escada em um elemento de destaque, pintando-a de amarelo e cercando-a com pedras naturais soltas. “Já o formato em caracol foi adotado devido ao espaço reduzido, e a decisão de deixá-la à mostra aguçando a curiosidade do visitante”, acrescenta. 

Na Casa HLM, do BÁ – Boa Arquitetura, a presença da escada também surgiu da necessidade de criar um acesso para o terraço com telhado verde e vista para um vale. A estrutura helicoidal independente encosta na casa somente no topo, quando cria uma pequena passarela.

Casa
HLM
, por
– Boa Arquitetura
– Foto: Marcelo Donadussi

O material utilizado é o aço carbono em seu estado bruto, com marcas de solda aparente. “Decidimos fazê-la assim para ser coerente com o projeto, que tem uma materialidade radical em concreto branco aparente, mas contrastando na coloração”, explica o arquiteto Rafael Lorentz.

Dormentes

Segundo o arquiteto Eduardo Albernaz, do Otta Albernaz Arquitetura, a implantação da escada de acesso da Residência ME respeita o aclive natural do terreno e a frondosa árvore sibipiruna. A definição dos dormentes como o primeiro material de contato contrasta com o traço contemporâneo da fachada e revela sutilmente o lado rústico do projeto. 

Residência
ME
, por Otta
Albernaz Arquitetura
– Foto: Eduardo Simabuguro Albernaz

desenho linear teve como premissa destacar a espécie arbórea, servindo ainda como balizador do acesso de veículos e do jardim frontal. “Tecnicamente, os dormentes foram assentados sobre o baldrame de concreto impermeabilizado e lastro de brita, para evitar o contato direto com o solo”, explica Albernaz.

Escadas metálicas

A escada da nova sede da Knorr-Bremse, projetada por LoebCapote, contrasta com a neutralidade do conjunto edificado. A opção de pontuar alguns elementos do espaço – o que é raramente utilizado na indústria – quebra a monotonia desse tipo de tipologia. Feita de aço, a escada tem formato linear e é sustentada por apenas dois apoios.  

Knorr-Bremse,
por
LoebCapote
– Foto: Leonardo Finotti

O mesmo material compõe as escadas do eixo de circulação vertical do Setor 3 Favela Nova Jaguaré, de Boldarini Arquitetura e Urbanismo. São diversos lances que conectam a praça ao bairro, superando um desnível de 35 m. O destaque da estrutura se deve ao guarda-corpo vazado, pintado na cor preta.

Setor
3 Favela Nova Jaguaré
, por Boldarini
Arquitetura e Urbanismo
– Foto: Daniel Ducci

Concreto armado

De acordo com o arquiteto Gustavo Tenca, do 24.7 Arquitetura e Design, a escada de concreto armado aparente da Casa Guaiume nasceu com o projeto. Além de vencer o meio nível entre a rua e a entrada da residência, ela foi pensada para ser uma referência ao perfil da moradora – estilista que convive de perto com o mundo dos desfiles de moda. “A ideia era brincar com isso, criando degraus intercalados por passarelas”, revela. 

Casa
Guaiume
, por 24.7
Arquitetura e Design
– Foto: Pedro Kok

Para sustentar a estrutura, evitar a inserção de mais de dois apoios e dar leveza à peça, foi projetada uma espécie de “alma” da viga. Além disso, madeirites plastificados, vergalhões de aço, arames e muita precisão dos carpinteiros foram elementos fundamentais na montagem das fôrmas. Para o arquiteto, esses cuidados de projeto talvez tenham sido o maior segredo para o acabamento final.

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