Quanto à comunicação com o exterior, esses espaços são classificados em:
- Átrio ao ar livre: possui um volume livre, fechado sob as faces laterais, e é aberto na parte superior. Sua menor dimensão é inferior ou igual à altura da edificação.
- Átrio coberto: possui um volume livre, fechado sob as faces laterais, com cobertura total ou parcial. Ele pode ser aberto (os pavimentos são abertos em relação ao centro) ou fechado (os andares são fechados por uma parede, que pode ter aberturas ou balcões).
Quando combinado a uma fachada com painéis de vidro, o átrio facilita a captação de luz e ventilação naturais, garantindo eficiência térmica e energética no inverno e no verão e, consequentemente, reduzindo os gastos com ar-condicionado. Além disso, favorece a integração do ambiente interno com a rua. Outra forma de permitir a entrada da luz do sol é projetando-se uma claraboia no teto.
Além da funcionalidade, um pátio central deixa a construção mais elegante. E, dependendo da altura, o prédio fica imponente, como o Centro Empresarial Senado, no Rio de Janeiro, cujo átrio tem pé-direito de 62,70 metros e liga torres de vidro em formato de prisma por meio de três passarelas.
Controle de incêndios
De acordo com a Instrução Técnica nº15/2015 do Corpo de Bombeiros de São Paulo, em átrios abertos, a fumaça deve ser controlada pela parte superior; em átrios pequenos (com pavimento inferior abaixo de 8 m e planta com, no mínimo, 5 m x 5 m). O controle pode ser feito naturalmente, pela abertura na parte alta. As áreas adjacentes devem ser separadas por barreiras de fumaça.
Em shopping centers, onde o átrio costuma conectar vários andares, caso ocorra um incêndio, a fumaça pode se espalhar. Por isso, o controle nesses locais é mais complexo do que em construções térreas. São necessárias aberturas no cume desse pátio, além de exaustores e divisórias (fixas ou do tipo cortina) que impeçam o fluxo da fumaça.
Veja também: Referências de Praças de alimentação e Teto retrátil