Arquitetura, gastronomia e música
Texto: Nuri Farias
Com a mesma linha projetual das duas outras unidades da rede – a matriz de Pinheiros e a unidade nos Jardins, em São Paulo –, o restaurante Le Jazz Iguatemi tem alma de um clássico bistrô francês, com todas as suas referências estéticas.
Segundo Fabio Bruschini, proprietário do escritório Bruschini Arquitetura e responsável pelo projeto arquitetônico do estabelecimento, a casa do Shopping Iguatemi, também na capital paulista, precisava seguir a proposta da rede, mas poderia se diferenciar em termos de acabamentos e revestimentos.
“O espaço era uma pouco ‘justo’ para atender ao programa arquitetônico e principalmente à área técnica. Trabalhamos no limite, e o mezanino existente, que não podia ser removido, foi usado para suprir essa falta de espaço”, conta.
Repaginação interior
Uma das etapas mais importantes do projeto do Le Jazz Iguatemi foi definir o piso a ser usado, pois ele deveria ser multicolorido como o de seus antecessores. Para tanto, foi escolhido o ladrilho hidráulico sextavado, que possui uma variedade de desenhos.
As paredes foram revestidas com painéis paginados de madeira cumaru e, por cima deles, espelhos e pôsteres de grandes músicos do jazz caracterizam a marca do restaurante na decoração.
Um dos destaques da decoração são os pôsteres de grandes músicos do jazz, que conferem ao espaço uma identidade boêmia Foto: Marco Antônio
Com bordas de cumaru e placas acústicas, o forro é uma paginação que deixa o ambiente mais agradável
Para conforto dos clientes, os sofás foram dispostos com um módulo central que cobre toda a extensão do salão, deixando o layout bonito e funcional, dirigindo amplamente o fluxo dos garçons. “O projeto de interiores traduziu perfeitamente a identidade do Le Jazz, sua comida e atmosfera boêmia, complementou o arquiteto.
Bar x Restaurante
A relação entre bar, salão e terraço ficou funcional e esteticamente agradável no Le Jazz Iguatemi. O bar é amplo e fica de frente para todo o salão, setorizado por um grande sofá aconchegante. O terraço, por sua vez, se integra a tudo isso através de caixilhos de vidro. “Os caixilhos de madeira e de vidro foram escolhidos por seu desempenho técnico e estético”, completou Bruschini.
O estilo parisiense clássico recebeu um toque sustentável, simples e funcional. Para reduzir os custos com energia, foram implantadas lâmpadas de LED, pendentes e arandelas decorativas, garimpadas na França, bem como um sistema de automação pelo restaurante.