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No projeto de arquitetura de interiores, o Triptyque Architecture cria coleção de mobiliário inspirada em 95 anos da história do design brasileiro Foto/Imagem:Pedro Kok

Design comanda interior da Milbank

Um século de compromisso do escritório internacional americano Milbank para o Brasil e a América Latina foi traduzido de forma inédita pelo Triptyque Architecture, ao recriar, na arquitetura de interiores da empresa, 95 anos de história do design brasileiro. “Criamos uma coleção única de mobiliário, à imagem do próprio Brasil, cuja coerência está em sua pluralidade de formas, materiais, usos e tecnologia”, explicam os arquitetos.



A coleção nasceu à imagem do Brasil, com a característica da pluralidade, tão bem explicada pelas raízes do país: a presença portuguesa e a intervenção africana e indígena, que juntas dão origem a uma produção moderna e popularTriptyque Architecture

Desde a recepção, passando pelas áreas de circulação e apoio até as inúmeras salas de trabalho, há um verdadeiro desfile de criadores expressivos – por meio de suas obras –, que remontam várias épocas: Jorge Zalszupin, Geraldo de Barros, Giuseppe Scapinelli, Jean Gillon, Sérgio Rodrigues, Oscar Niemayer e Paulo Mendes da Rocha, só para citar alguns. Anteriormente, o escritório Triptyque realizou, também, a arquitetura do prédio da Milbank.

História adaptada

Para os arquitetos do Triptyque contar a história do design brasileiro através da decoração do escritório Milbank foi um verdadeiro desafio. “A coleção nasceu à imagem do Brasil, com a característica da pluralidade, tão bem explicada pelas raízes do país: a presença portuguesa e a intervenção africana e indígena, que juntas dão origem a uma produção moderna e popular. Por isso as peças brasileiras são marcadas pelo tratamento dos materiais; pela simplicidade das formas; pelo uso, às vezes, rudimentar; e pelo emprego da tecnologia.”

O conceito de pluralidade foi apropriado pelo Milbank. O projeto de arquitetura e design na empresa demostra um verdadeiro inventário de linhas direitas, de curvas e de improvisação, representando uma temporalidade na história da produção artística brasileira. “Um exemplo da nova geração de multinacionais que aportam por aqui, com o desejo de não apenas se desenvolver, mas compreender e adaptar-se à cultura local. A associação do escritório com o design brasileiro ilustra esta visão”, finalizam os profissionais.

Milbank - Design comanda interior da Milbank
Nas áreas de acesso, as escadas de cimento queimado são vazadas Foto: Pedro Kok

Design icônico

Peças preciosas – verdadeiros ícones presentes no design brasileiro contemporâneo – compõem cada um dos ambientes. Na sala de reunião, a mesa, por exemplo, é assinada por Oscar Niemeyer. As cadeiras ‘paulistano’ de couro, presentes na recepção, são do Paulo Mendes da Rocha. Criada em 1957, a poltrona fazia parte do mobiliário do Ginásio do Clube Atlético Paulistano, também projetado pelo arquiteto.

Já as salas dos advogados têm objetos assinados por Sérgio Rodrigues, criados em 1965. São duas escrivaninhas retangulares, mesa de jantar ‘Ilídio’ de madeira jacarandá e cadeiras ‘Cantú Alta’ de jacarandá maciço, classificada no IV Concorso Internazionale del Mobile na Itália, em 1961.


Um exemplo da nova geração de multinacionais que aportam por aqui, com o desejo de não apenas se desenvolver, mas compreender e adaptar-se à cultura local. A associação do escritório com o design brasileiro ilustra esta visãoTriptyque Architecture

Entre o mobiliário, encontram-se escrivaninhas de madeira jacarandá e de caviúna e fórmica pertencentes ao Hotel Nacional do Rio de Janeiro, além de mesa tipo aparador, todos de Jorge Zalszupin, da década de 1960; mesa de jantar com tampo parcial em fórmica e em jacarandá, criada pelo artista e designer Geraldo de Barros, em 1955; e a mesa de jantar em caviúna, retangular com bordas ovaladas, quatro pernas laterais afuniladas e pés de metal, atribuída ao designer Giuseppe Scapinelli e executada pela manufatura Souto & Riboni, de 1950.

Até uma estante brasileira em homenagem à cidade de Brasília, datada de 1965, figura entre os itens que compõem a decoração. De madeira caviúna com prateleiras e uma porta marchetada em várias madeiras, a peça é de designer desconhecido. Há, também, uma escrivaninha retangular em louro preto, do designer naturalizado brasileiro, Jean Gillon, de 1960, e cadeiras com estrutura em aço e alumínio e assento em fiberglass, criada pelo designer Ernerto Hauner, premiada em 1972 na Bienal Internacional do Rio de Janeiro, além de banco de madeira Hugo França e luminária Maneco Quinderé e da Bossa Nova.

O projeto de mobiliário de design da Milbank também contempla peças mais contemporâneas, como as cadeiras Herman Miller; mesa de reunião, sofá, bufê e biombo, de Ovo; desenhos de Burle Max e Niemeyer; e mesa e cadeiras utilizadas no jardim, da Etel.

Arquitetura interior e materiais

Para viabilizar o passeio livre através de objetos, épocas e seus designers, o Triptyque investiu em uma arquitetura de interiores que é uma releitura da organização de um escritório tradicionalmente constituído por uma sucessão de salas de trabalho. Os arquitetos criaram espaços que podem se tornar mais abertos e permeáveis a partir da necessidade.

“No lugar de paredes de concreto, surgiram paredes de vidro. Nas salas de reunião, portas de correr de madeira cumprem a função de dar mais privacidade – quando fechadas – e integrar dois ou mais espaços. Assim, os ambientes mudam de acordo com as aberturas das portas de correr e dos espaços transparentes”, descrevem os profissionais.

Escritório

Triptyque Architecture21 projeto(s)

Local: SP, Brasil
Início do projeto: 2011
Conclusão da obra: 2011
Área construída: 1.200

Tipo de obra:
Edifícios comerciais
Tipologia:
Comercial

Materiais predominantes:

Diferenciais técnicos:

Ambientes e Aplicações:

Slideshow

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