Quanto ganha um arquiteto brasileiro? Conheça os pisos salariais

Você sabe quanto ganha um arquiteto brasileiro? Senso realizado pelo CAU/BR, em 2012, e vice-presidente da Fundação Nacional dos Arquitetos explicam o cenário atual
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Créditos: (Frederic
Muller
/Shutterstock)

Redação Galeria da Arquitetura

Quanto ganha um arquiteto brasileiro? Qual é o piso salarial da categoria? Como a área de arquitetura e urbanismo é ampla, podem ser encontrados parâmetros diferentes a depender da região e da atuação do profissional.

Conforme a Lei do Salário Mínimo Profissional (SMP), Lei 4.950-A/66, o piso salarial para um arquiteto e urbanista que trabalha seis horas por dia – com contrato regido pela CLT – é de R$ 5.622,00 (considerando o salário mínimo de R$ 937,00). Quem exerce a profissão por sete horas deveria receber sete salários e meio – o equivalente a R$ 6.793,25 –, e por oito horas R$ 7.964,50.

Censo

CAU/BR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil) realizou o Censo dos Arquitetos e Urbanistas pela última vez em 2012. Na pesquisa, foram obtidos dados mais precisos sobre a média salarial dos arquitetos no Brasil. Dos 99 mil profissionais que se registraram nos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, cerca de 83 mil responderam ao Censo.

“De acordo com o Censo, 40% dos profissionais têm remuneração entre três e oito salários mínimos, enquanto 29% recebem de 8 a 20 salários mínimos. Um percentual menor possui até três salários mínimos e acima de 20 salários mínimos”, explica Eleonora Mascia, vice-presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA).

Confira o gráfico elaborado pelo CAU:

Reprodução: Censo CAU/BR

Tendo em vista o salário mínimo do ano de 2012, correspondente a R$ 622,00, é possível verificar no gráfico que a maioria dos arquitetos e urbanistas (53%) ganhava até R$ 4.976 por mês. Aproximadamente um quarto dos profissionais (24%) recebia um pouco mais, entre R$ 4.976 e R$ 9.330.

Faixa etária

O Censo ainda constatou que muitos profissionais ganhavam até cinco salários mínimos (provavelmente a maioria jovens, na fase inicial da carreira, ou aposentados e pessoas que trabalham meio período).

“É natural que profissionais mais experientes, com ou sem vínculo de trabalho, tenham uma remuneração superior à daqueles que estão entrando no mercado. A formação com pós-graduação, mestrado e doutorado também é um diferencial que impacta nos vencimentos”, afirma Eleonora.

Regime trabalhista

O fato de o profissional ser dono ou sócio de uma empresa também influencia na renda. De acordo com o Censo, aqueles que possuem maior salário – em sua maioria – constituem o grupo de pessoas jurídicas.

“Esses valores variam muito conforme o regime trabalhista – se é contratado por pessoa jurídica, pública ou privada, ou se o próprio profissional constitui pessoa jurídica. A carga horária e o nível de dedicação – parcial ou integral – também influenciam nos resultados”, informa a vice-presidente da FNA.

No quadro a seguir, é mostrada a renda de três tiposquem não tem empresa (especificado como “Não”), quem tem uma empresa em sociedade com outras pessoas (“Sim-Mista”) e quem tem uma empresa sozinho (“Sim-Uniprofissional”).

        Reprodução Senso CAU/BR

Áreas de atuação

De acordo com o Censo, as atividades mais frequentes realizadas por arquitetos que ganham acima de cinco salários mínimos são: execução de obras em arquitetura e urbanismo; especialização em engenharia de segurança do trabalho; geoprocessamento e correlatas; ensino; planejamento urbano e regional; sistemas construtivos e estruturais; tecnologia e resistência dos materiais.

A respeito das atividades mais rentáveis, a vice-presidente alerta: “essa questão da remuneração depende de fatores diversos, pois há profissionais mal e bem remunerados no serviço público, bem como profissionais pagos corretamente por empresas privadas; outros são explorados na informalidade ou atuam em contratos que ferem a legislação e deixam precárias as relações de trabalho”.

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