Isay Weinfeld projeta novo Four Seasons, restaurante ícone de Nova York

O arquiteto brasileiro Isay Weinfeld foi escolhido para desenhar a arquitetura e o design da nova sede do Four Seasons, restaurante que é considerado um ícone da gastronomia de Nova York
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                                                                                                                                        Crédito: Fernando
Guerra

Redação Galeria da Arquitetura

Isay Weinfeld venceu o concurso internacional de
projeto para o novo restaurante Four Seasons em Nova York. Considerada um
templo da gastronomia na cidade, a atual sede abriu em 1959, com arquitetura e
mobiliário desenhados por ninguém menos do que Mies van der Rohe e Philip
Johnson, além de Pablo Picasso, responsável pela tapeçaria do estabelecimento
que ocupa o térreo do edifício Seagram, obra-prima de Mies.

O concurso teve a liderança do crítico de arquitetura Paul
Goldberger que, durante quatro meses, entrevistou os arquitetos e avaliou,
junto dos donos do restaurante, os estudos preliminares para o novo local. Um dos
sócios do Four Seasons, Julian Niccolini, disse
ao jornal
The New York Times que
o arquiteto brasileiro será “como um outro Philip Johnson, mas para este
século”.

A renovação comandada por Isay conclui uma batalha jurídica
que começou há mais de três anos, quando investidores compraram a torre, mas
não renovaram o contrato de locação do restaurante. Desde então, seus
proprietários decidiram doar a tapeçaria “Le Tricorne”, de Picasso,
para a Sociedade Histórica de Nova York, e fechar o restaurante em julho de
2016, quando haverá um leilão de todos os objetos e móveis, inclusive as peças
desenhadas por Johnson.

Com inauguração prevista para o final de 2017, o
novo Four Seasons também terá a Park Avenue como endereço, mas a quatro quadras
do antigo. Além da arquitetura de interiores, o arquiteto paulista de 63 anos –
que também assina o projeto de um edifício ao lado do parque suspenso High
Line, no Chelsea – será responsável pelo design de todo o mobiliário, o que
inclui as louças, os uniformes dos garçons e a comunicação visual do
restaurante. “Ainda estou arrepiado”, revelou Weinfeld a reportagem
do jornal Folha de S. Paulo.

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