Causa do incêndio do Museu Nacional é relevado pela Polícia Federal

Sobrecarga de ar-condicionado do auditório teria iniciado o incêndio, que se alastrou para o segundo andar e atingiu as salas do dinossauro e da preguiça gigante
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Segundo o laudo, o incêndio começou às 19h13 (foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Texto: Lucas Barbosa

10/04/2019 | 16:03 – O laudo da perícia realizada pela Polícia Federal sobre o incêndio que acometeu o Museu Nacional – localizado na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro – no dia 2 de setembro de 2019 foi apresentado à imprensa na última sexta-feira (4).

Segundo o documento, o fogo se iniciou por causa de uma em um dos três aparelhos de ar-condicionado instalado próximo ao auditório, situado no primeiro andar do complexo. O perito criminal Marco Antonio Zata disse que os aparelhos estavam ligados a um único disjuntor. “Cada máquina tem uma especificação do tipo de disjuntor individual. Ou seja, deveria ter um disjuntor para cada ar-condicionado”, explica.

Zata apontou que a falha pode ter acometido o disjuntor devido à sobrecarga. O perito também disse que as máquinas internas do sistema split não estavam devidamente aterradas. Entretanto, as condensadoras instaladas no lado externo do Museu Nacional não foram atingidas pelas chamas e estavam intactas.

Segundo Carlos Alberto Trindade, perito especialista em incêndio, as câmeras não captaram o início das chamas. Porém, mesmo assim, foi possível refazer o caminho que o incêndio fez com as evidências encontradas. O fogo começou às 19h13 no auditório e seguiu o segundo piso, onde atingiu as salas do dinossauro e a sala da preguiça gigante. Com base no laudo, Trindade afirmou que as possibilidades de o incêndio ter sido ocasionado por descarga atmosférica, de balão ou intencional estão descartadas.

Além da falta de previsão para o encerramento da investigação, a Polícia Federal comunicou que não foram verificadas as probabilidades de haver culpados pela tragédia.

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