Arte no metrô

Obras de arte no metrô. Curadoria de instalações, murais painéis, pinturas sobre telas e outras obras estão disponíveis nas estações
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Créditos: Filipe
Frazao/Shutterstock.com

Redação Galeria da
Arquitetura

Em 1974, com a
inauguração da estação Sé no centro da capital paulista, a Companhia do
Metropolitano de São Paulo colocou em prática a ideia de expor arte no metrô, transformando
as estações em verdadeiras galerias subterrâneas.

Segundo Eiji Yajima,
artista plástico e professor no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo,
as exposições nas imediações das estações do Metrô possuem ótima visibilidade.
“As obras
estão instaladas numa rede metroviária utilizada por mais de 4
milhões de pessoas por dia”, conta.

Em 2012, a política
de inclusão de arte no Metrô se estendeu aos mezaninos, corredores e
plataformas das estações. De lá para cá, a companhia apresenta mais de 90 obras
dispostas em, aproximadamente, 37 estações. Os trabalhos variam entre painéis,
murais, pinturas sobre tela, instalações e esculturas criados por artistas
renomados como Aldemir Martins,
Tomie Ohtake, Antonio Peticov, Denise Milan, entre
outros.

No mesmo ano, o
Metrô publicou um livro digital de 198 páginas que reúne histórias e
fotografias das obras instaladas nas estações, o
Arte no Metrô. A publicação está disponível para download
gratuito. 

Créditos: Thiago
Neves/Shutterstock.com

PERCEPÇÃO AMPLIADA

Para explicar que as
obras de arte nas estações melhoram a qualidade de vida dos usuários do metrô,
Yajima contextualiza o atual modelo de consumo, no qual “o homem moderno se
caracteriza pela percepção fragmentada das coisas”, cuja origem consiste na
“aceleração da vida”.

Seguindo essa linha
de pensamento, o artista menciona o conceito estabelecido por Radha Abramo, que
foi uma “espécie de curadora” do projeto Arte no Metrô. Segundo ela, o usuário
não interrompe seu percurso para admirar as obras, o que o leva a acumular e
arranjar mentalmente
formas, cores e linhas. “Com essa atitude, o passageiro soma o prazer de admirar concretamente a obra
ao prazer maior de recriá-la abstratamente na memória” cita Yajima.

A organização e
seleção de obras ficam sob os critérios da Comissão Consultiva de Arte,
instituída pelo Metrô. Ela é composta por representantes da
Pinacoteca do Estado, do MASP, do MAM, do IAB (Instituto dos
Arquitetos do Brasil) e da ABPA (Associação Paulista de Belas Artes).

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